há uns anos atrás, quando eu era bem mais novinha, via e torcia para alguém do bbb
depois foi me dando preguiça, aliás tudo relacionado com tv me dá certa preguiça
não organizo meu dia baseado nos horários pré-estabelecidos dos programas televisivos
eu esqueço e não gosto de me escravizar por eles
sendo por esta razão que quase não assisti esta edição que está próxima de seu desfecho de premiar com 1milhão e meio de reais, ulalá!
mas tenho meu palpite, ás cegas, é verdade, mas aposto no dourado malvadão !
(não vou ganhar nada com esta aposta mas aí está ela)
logo que ouvi o bafafá que era um repeteco de brother imaginei que desta vez ele poderia se dar bem
não! não porque ele já jogou uma vez e já sabe como é, afinal até minha bisavó e minha prima mais nova já sabem como se brinca no bbb
mas pelo fato de ser autêntico, polêmico e forte fisica e racionalmente
sim, ele ser forte fisicamente influencia, se não o porte físico e estético não seria um dos tipos de sedução mais antigos e poderosos de todos os tempos
o bbb é um termometro:
um canal que a rede de tv encontrou para melhor interagir com seu telespectador
ela pode, talvez, não eliminar o mais votado e decidir com certa pretensão quem fica e quem sai
mas acredito que apenas em situações especiais, porque, afinal é interessante agradar a maioria.
os favoritos de cada edição representam o mais atual imaginário que os brasileiros cultivam sobre os representantes carismáticos, líderes, irmãos, heróis: big brother!
-numa sociedade como a nossa, que assiste ao abondono político, que não encontra uma figura sincera e forte pra defendê-la é interessante ver vencer alguém que dê no couro
-numa realidade estressada, tumultuada, que não permite muito tempo de reflexão, é confortável encontrar alguém autêntico, bem resolvido, que sabe o que fazer
-quando as oportunidades passam depressa, passam tão rápido que parecem mais fugirem do que qualquer outra coisa
todo mundo quer uma segunda chance-o rock ser tendência para o inverno (denovo!) reflete uma insatisfação (ainda!) geral : por isso você (já) anda vendo taaaaantas tachinhas por aí
-o sucesso das trilogias, quadrilogias (?), das temporadas infinitas das mais incontáveis séries, indica uma vontade comum de "saber por onde piso"
ícones de uma época: as tachinhas de robert pattinson
-o emo ainda ser ótimo investimento para muito empresários da música teen reflete a insegurança que os adolescentes estão, cada vez mais, sentindo ao se deparar com estas maluquices do nosso sitema que não para de inflar
-as redes sociais - por si só já representam a necessidade de estar próximo e longe - cheias de novos gadgets que facilitam a interação, a comunicação barata (ás vezes banal): por que preferimos uma "rede confiável de amigos" para indicar o que é legal e onde é legal ouvir um som: uma programação de eventos fornecida no jornal do domingo não é mais tão poderoso quando se tem uma lista de sugetões de seus contatos a um clique...
- mil e uma coisas sugerem que estamos carentes de atenção, de informação confiável, de oportunidades, de solução
por essas e outras acho que quem realmente for o big brother do ano tem de alguma forma o máximo de características que conversasm com estes levantamentos.. digo mais: vai até influenciar o próximo herói da novela das oito (ou vilão?)
façam suas apostas.. eu vou de dourado
